quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Ambulatório #9 + Ambulatório #10

Dia 5 não teve ambulatório

Dia 12 de fevereiro - Ambulatório #9.

Tivemos 5 reais de contribuição, e atendemos 5 pessoas.
Total: 225 reais

Esperando Ro abrir a porta do CCS, fiquei lá na frente conversando com algumas pessoas.

Tirei uma agulha da mochila pra mostrar como ela era pequena e fina.
Ouvi comentários de que agulha dói muito. As pessoas perguntam se não existe medicamento na agulha. Rola uma curiosidade, desconfiança e bastante desconhecimento.

Adriano tinha dor no braço, meridiano do IG, agulhei ali na frente mesmo de todo mundo, o meridiano do Pulmão. A dor passou na hora (depois de 5 min. tirei a agulha e entrei pro CCS).

Depois ele entrou e tratamos sua dor de garganta, ele dizia que a dor era todo dia, e que alguns dias não conseguia comer. Que não adiantava mais nem ir ao médico, pois ele dava antibiótico e não melhorava.
Agulhamos 8.32 (pontos tung) + ponto ashi na região do IG 11








Dia 19 de fevereiro - Ambulatório #10.

Tivemos 4 reais de contribuição, e atendemos 7 pessoas.
Total: 229 reais

Adriano voltou sem dor de garganta na semana! Tratamos outras coisas na sessão.



domingo, 3 de fevereiro de 2019

Sobre grana e tempo e energia investidos

Os atendimentos de acupuntura no CCS não são cobrados. Existe uma cesta e envelopes. Pedimos para as pessoas que contribuam com o que puderem, se essa for uma possibilidade para ela. Não sugerimos valores, não olhamos com quanto cada um contribuiu.

Vou começar a anotar a partir da semana que vem, quantas pessoas foram atendidas no dia, e quanto dinheiro foi arrecadado.

Até agora tivemos 8 dias de atendimentos e temos guardado um total de 220 reais.

Pelo o que eu me lembro, a contribuição mais alta foi de 50 reais (apenas 1 x tivemos um envelope com esse valor), e o envelope com menos grana tinha 2 reais.

Conversando com Johnny, pensamos que, ao invés de dividir esse valor entre nós vamos guardá-lo para comprar macas e almofadas (ideia que veio da Paloma, uma pessoa que já frequentava o espaço), hoje, realizamos os atendimentos em evas que eles já tinham no espaço.

Agora me lembrei que os primeiros dois dias, se não me engano, os atendimentos foram feitos em cadeiras, e não deitados no chão como são realizados hoje.

Eu pago as agulhas, o álcool, o algodão e lençol de papel do meu bolso. Disponho de meio período por semana para estar lá. Passo um tempo de semana pensando, escrevendo, e imprimindo os papéis de divulgação do projeto.

Johnny, as vezes Mahu, as vezes Ro, limpam o espaço, acendem incensos, ficam lá comigo durante os atendimentos. Eles imprimiram um cartaz grande na porta do CCS comunicando a existência do ambulatório também com o dinheiro do próprio bolso, e não com o dinheiro arrecadado até agora. Johnny também se encarrega de responder mensagens por WhatsApp de quem tem dúvidas sobre o funcionamento do ambulatório.



Agenda - Ambulatório #1 a #8

Por aqui, vamos registrando todos os dias de ambulatório.
Aqui vou recaptular o que me recordo.

Nosso primeiro dia, foi ano passado, 2018, dia 9 de novembro.
O combinado inicial é que faríamos todas as sextas-feiras.

Quando o ano virou, o melhor dia pra mim era de terça feira, e não mais de sexta.
E assim combinamos.

Combinamos de começar dia 27 de outubro
Johnny cancelou pois não poderia comparecer no dia

2 de nov - Não teve
(feriado)

9 nov 2018 - Ambulatório # 01

16 nov 2018 - Ambulatório # 02

23 nov 2018 - Ambulatório # 03

30 de dez - Não teve
(não me lembro porque Johnny cancelou)

7 de dez - Não teve 
(eu estava no Tocantins)

14 dez - Não teve 
(eu estava no Tocantins)

21 dez -  Não teve 
(eu já estava de volta, mas não me lembro porque não teve)

28 dez 2018 - Ambulatório # 04

1 de janeiro - Não teve
(feriado)

8 de jan - Ambulatório # 05

15 de jan - Ambulatório # 06

22 de jan - Ambulatório # 07

29 de jan - Ambulatório # 08

Bem-vindos!

Olá,

Esse é um blog, um caderno público e virtual, onde pretendo registrar as atividades realizadas no ambulatório de acupuntura do Centro Cultural Social Vila Dalva.

Nesse post vou contar brevemente como começamos o ambulatório no final do ano passado e o que pretendo com esses registos online nesse endereço de internet :)

*

Meu nome é Adriana Hiromoto, eu sou acupunturista e moro em Osasco, São Paulo. Eu atendendo pessoas em meu consultório, de segunda a quinta no Butantã, e as sextas em Pinheiros.

Há uns 3 anos eu comecei a namorar a ideia de projeto de ambulatório. Queria que fosse na periferia, que não fosse cobrado, que nosso trabalho fosse comunitário, queria experimentar, dar um passo, nem que pequeno, na direção da criação de novos formatos de atendimento, que não fossem comerciais, nem assistencialistas. Eu queria, e ainda quero, do fundo do meu coração, que a acupuntura seja um recurso acessível para todos. Que o grau de escolaridade, o tanto de dinheiro que cada um possui, ou que a região onde cada um mora, não fosse um impeditivo para as pessoas terem acesso a esse tipo de cuidado.

Um dia, um amigo, Vinicuis Todorov, me contou sobre o CCS, um Centro Cultural que foi concebido a partir de um pedido da comunidade local da Vila Dalva para um coletivo anarco-punk, eles queriam que o grupo ocupasse uma creche abandonada no bairro, para trazer mais segurança e cultura para região.

(Essa é a página do Facebook do CCS )

Fui visitar o CCS com Vini, e propus a ideia de um ambulatório para o Jhonny (uma das pessoas que estavam tocando o CCS). Essa visita acabou sendo apenas uma conversa na época, mas depois de dois anos marcamos de nos encontrar novamente e desse encontro já saímos com a data do primeiro ambulatório agendada!

E hoje, conforme os atendimentos vão acontecendo, ano passado as sextas, esse ano, as terças, vamos amadurecendo as ideias, os propósitos, o formato, vamos pensando em como atender melhor a comunidade local, como divulgar, como captar recurso, ao mesmo tempo que fazemos os ambulatórios acontecerem.

*

E aqui, nesse blog, a ideia é compartilhar nossos acertos e erros, tornar visível uma parte do trabalho que geralmente é invisível – como os corres que fazemos para o trabalho acontecer e como sustentamos o projeto financeiramente.

A ideia é pensar em voz alta, registrar as ideias, os perrengues e a evolução do projeto. Quero muito ter tempo para expor o que vamos conquistando em termos de saúde ou melhora dos sintomas (contar sobre as queixas dos pacientes e que pontos que agulhamos que mais funcionou).

Quero aqui, também, companhia, que seja pra pensar junto, dar sugestões... companhia que não seja só pra ver a gente de longe, que seja companhia que se aproxime fisicamente, virtualmente, que seja companhia de gente que bota a mão na massa junto, que seja de gente que frequente o ambulatório como paciente!

*

Enfim, é isso.

Que projeto é esse?

Bem-vindos!

Olá, Esse é um blog, um caderno público e virtual, onde pretendo registrar as atividades realizadas no ambulatório de acupuntura do Centro...