Vou começar a anotar a partir da semana que vem, quantas pessoas foram atendidas no dia, e quanto dinheiro foi arrecadado.
Até agora tivemos 8 dias de atendimentos e temos guardado um total de 220 reais.
Pelo o que eu me lembro, a contribuição mais alta foi de 50 reais (apenas 1 x tivemos um envelope com esse valor), e o envelope com menos grana tinha 2 reais.
Conversando com Johnny, pensamos que, ao invés de dividir esse valor entre nós vamos guardá-lo para comprar macas e almofadas (ideia que veio da Paloma, uma pessoa que já frequentava o espaço), hoje, realizamos os atendimentos em evas que eles já tinham no espaço.
Agora me lembrei que os primeiros dois dias, se não me engano, os atendimentos foram feitos em cadeiras, e não deitados no chão como são realizados hoje.
Eu pago as agulhas, o álcool, o algodão e lençol de papel do meu bolso. Disponho de meio período por semana para estar lá. Passo um tempo de semana pensando, escrevendo, e imprimindo os papéis de divulgação do projeto.
Johnny, as vezes Mahu, as vezes Ro, limpam o espaço, acendem incensos, ficam lá comigo durante os atendimentos. Eles imprimiram um cartaz grande na porta do CCS comunicando a existência do ambulatório também com o dinheiro do próprio bolso, e não com o dinheiro arrecadado até agora. Johnny também se encarrega de responder mensagens por WhatsApp de quem tem dúvidas sobre o funcionamento do ambulatório.
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